ATENDIMENTO SOCIAL
APMI
Sede da APMI
Fonte: Prefeitura Municipal de Itambé
A APMI, Associação de Proteção à
Maternidade e à Infância, surgiu na década de 70, sua primeira sede começou a
ser construída na gestão de Misdei
Moreschi e vice Mário Forastieri, sendo inaugurada por Rafael Lopes e Miguel
Jorge. Esta associação foi criada devido à grande ocorrência de mortalidade
infantil. Por falta de informação, muitas mães perdiam seus filhos cedo ou
ainda nasciam mortos. A primeira presidente da APMI foi a Senhora Adenir Cesco
Cardin e a secretária era a Senhora Shirlei dos Reis Louzada. A função desta
entidade era visitar todas as gestantes e fazer reuniões nas quais eram
passadas informações sobre os cuidados na gravidez e com os recém-nascidos.
Além disso, eram feitas promoções para angariar fundos para a manutenção da
entidade, como os bailes, campanhas de agasalho, dentre outras. Também eram
oferecidos cursos profissionalizantes de artesanato, culinária, costura, etc.
Na gestão de Antônio R. Machado, foi construída a sede atual.
Primeira comissão da APMI
Fonte: Prefeitura Municipal de Itambé
Baile de Debutantes de 1979
Fonte: Família Cardin
Após a morte da Senhora Adenir, a
APMI passou a ser denominada Associação de Proteção à Maternidade, à Infância e
Família de Itambé Adenir Cesco Cardin, como forma de homenagear a mulher que
tanto colaborou com a instituição e com o Município de Itambé. Até 2016, a
Associação era presidida pela Senhora Maria de Fátima Bernardes Cesco.
CONSELHO
TUTELAR
Logomarca do CMDCA
Os conselhos de Direitos da
criança e do adolescente são criados através da Lei Federal nº 8.069, de 13 de
julho de 1990. Então, com o objetivo de
garantir maior proteção à criança e ao adolescente, pela Lei Municipal nº
2682/91, foram criados em Itambé o Conselho Tutelar e o Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
A primeira presidente do Conselho Tutelar foi a Senhora Elizabete Bróio
Artachi e do CMDCA foi o Professor Gervásio Cardoso dos Santos. O cargo de Presidente
do Conselho Tutelar foi ocupado também por Lourdete Bianchessi Bonugli, Vera
Lúcia Patrício Barbosa e Thais Iori.
O Conselho Tutelar é composto por
cinco membros que têm a função de proteger e defender os direitos dos menores
de idade, além de instruir seus pais ou responsáveis. Os conselheiros devem ser
acionados sempre que houver um menor em situação de risco, como violência
física ou emocional. Este órgão tem autonomia funcional, ou seja, não é subordinado
a nenhum outro poder estatal. Mas é fiscalizado pelo CMDCA, Conselho Municipal
dos Diretos da Criança e do Adolescente, para garantir os pré-requisitos
exigidos dos conselheiros tutelares pelo ECA, como idoneidade moral e
residência no município.
Em 2013, data desta pesquisa, a
Presidente do Conselho Tutelar de Itambé era a Senhorita Deise Alessandra Moresqui
e as demais conselheiras eram: Andréia Fátima B. Gonella, Ivonice R. dos
Santos, Márcia Meireles dos Santos e
Madalena Limoli Gomes. A
Presidente do CMDCA é a Senhora Wanda de Oliveira Gabriel.
Projeto Circo
Fonte: Ruth Lopes
Além de ser um agente
fiscalizador do Conselho Tutelar, o CMDCA também viabiliza projetos em prol da
criança e do adolescente, através do FIA, Fundo para a Infância e Adolescência.
Os recursos arrecadados pelo Fundo são repassados
para as entidades cadastradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente que, após apresentarem programas ou projetos que asseguram os
investimentos às crianças e adolescentes e aprovados pelo mesmo, as verbas são
liberadas.
No ano de 2012, data desta pesquisa, as Entidades
que tiveram programas aprovados no CMDCA foram: APMFI, com um programa de
Reciclagem, Pastoral da Criança, com a Multi Mistura, Projeto Esperança
Brasil-Suíça-PEBRASS, com o O Circo e APAE com o programa de apoio a Pessoa com
Deficiência Intelectual e Múltipla.
A conta deste fundo recebe recursos de pessoas
físicas que podem destinar de 3% a 6% do seu imposto de Renda devido e das
empresas que podem abater até 1% do seu lucro real. Além disso, qualquer pessoa
pode fazer doações ao fundo.
Materiais adquiridos para a APAE
Fonte: Ruth Lopes
CRAS
A proteção à família foi
ampliada com a criação do CRAS, Centro de Referência de Assistência Social, em
2010, na gestão de Antônio Carlos Zampar e Beneditos dos Santos. De acordo com
Luciana Penha Antoniassi Coneglian, primeira gestora do Centro, o CRAS é o
local onde as famílias que atravessam alguma dificuldade financeira ou
emocional podem encontrar ajuda. Pois, além de assistente social, o Centro
conta com psicólogas.
O CRAS realiza vários
trabalhos como a distribuição de cestas básicas, ofertas de cursos de
capacitação, para que as pessoas em situação de dificuldade possam superá-la.
Já foram ofertados cursos através do Senac: preparo de doces, salgados,
manicure e pedicure, técnicas em vendas, técnicas de garçom; e pelo Senar:
mulher atual, que visou melhorar a autoestima da mulheres, jovem agricultor
aprendiz. Além disso, o Centro mantém um grupo de apoio socioeducativo, em que
as famílias aprendem a administrar o orçamento doméstico, ter noções de valores
e dignidade. Em parceria com o Departamento de Saúde, o Cras atende jovens e
adolescentes em cursos com temas sobre: família, gravidez na adolescência,
combate ao uso de drogas, doenças sexualmente transmissíveis, etc.
Outro projeto do Centro,
que tem parceria da Pastoral Familiar, é a Rua da Cidadania, que oferece
serviços gratuitos à comunidade, como: emissão de documentos, assistência
jurídica, corte de cabelo, recreação para as crianças, teatro, doação de sangue
ao hemocentro, vacinas, orientação odontológica e sobre dengue, combate ao uso
de drogas, etc.
O Centro atende em média a
150 famílias por mês, algumas precisam de atendimentos eventuais, outras são
atendidas constantemente.
Luciana P. A. Coneglian,
que deixou a gestão do Cras em 2011, diz o seguinte sobre o trabalho:
“Foi um aprendizado de vida, em
primeiro lugar. Ver que as pessoas, independente de classe social, cor, raça ou
credo, são filhos de Deus e merecem respeito, amor e atenção. Eu podia
ajudá-las de maneira que não se sentissem humilhadas. Porque, muitas vezes,
elas vão ao CRAS com vergonha e preconceito por estarem pedindo ajuda. Mas é
preciso que saibam que elas são muito mais que isso, que enxerguem seu valor e
que podem mudar de vida. Para mim, o CRAS é o filho que eu não tenho. Foi um
presente de Deus na minha vida, onde eu aprendi a dar valor nas pequenas
coisas, como um prato de comida, uma casa descente para morar, uma roupa que
você pode comprar. Foi muito difícil deixar a gestão do Centro. Mas que bom que
ele ficou em boas mãos.”
Até 2016, o Centro
era dirigido pela fonoaudióloga Edna Feltrin.
Sede do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social)
Foto: Denizia Moresqui
ATENDIMENTO AO IDOSO
Com o envelhecimento da população,
foi preciso tomar medidas para melhor atender aos idosos. Uma delas foi a
construção de casas, na administração do Prefeito Mário Forastieri, para
abrigar famílias carentes. Entre estas, os idosos que se encontravam
desamparados também foram beneficiados.
De acordo com a técnica de Educação
Física Luci da Silva, a terceira idade frequentava muito o Posto de Saúde.
Então, a enfermeira Leny Schlatter, diretora do Departamento de Saúde, pediu à
Luci que desenvolvesse um trabalho com eles. A primeira dama Natalina
Forastieri sugeriu que fossem feitos bingos na APMI. No entanto, além da
dificuldade de tirar os idosos de casa, os que iam levavam os netos e estes
acabavam jogando o bingo no lugar dos avós. Depois Luci tentou promover bailes,
também não deu certo. Foi preciso mudar a estratégia, a ginástica foi a
solução. No princípio, o trabalho era feito com cordas, bolas e desafios. À
medida que os idosos foram ficando mais velhos, foi necessário aliviar os
exercícios. Em 2012, era feito alongamento três vezes por semana no Ginásio de
Esportes Machadinho, à tarde, e duas vezes por semana na Praça Pref. João
Antônio Claro, de manhã. No primeiro ano do grupo, cerca de 40 pessoas participaram
das atividades.
Ginástica para
idosos no Ginásio de Esportes, 2007
Fonte: Divisão
Municipal de Cultura
Com o sucesso da iniciativa, há
quatro anos, o Programa Saúde da Família passou a fazer parte do projeto. Depois a Assistência Social, que recebe uma
verba para uso exclusivo com idosos, também se tornou parceira com a promoção
de saúde à terceira idade. Na gestão de João Cabrera, foi inaugurado o Clube do
Idoso, para reuniões, jantares e bailes. Os equipamentos como: geladeira, fogão
e congeladores, foram adquiridos com dinheiro de promoções.
Atualmente, as atividades desenvolvidas em prol dos idosos são:
alongamento com acompanhamento de profissionais da saúde; uma vez por mês, café
da manhã com verificação de glicemia e palestras com médicos e enfermeiros;
viagens ao litoral do Paraná e Aparecida do Norte /SP; passeios a chácaras e
bailes da região; cursos de memória, oratória e flores.
Viagem à
Aparecida do Norte
Fonte: Luci da
Silva
Quanto aos resultados deste
trabalho, Luci declarou:
“Eu vejo
pela minha mãe, ela ficou viúva e leva uma vida normal, não vive dentro de
casa; se ela fica em casa, aparecem as dores. Mas quando viaja, esquece a dor.
Os idosos também desenvolveram censo crítico e sabem reivindicar seus direitos.
Algo que aprenderam em palestras e em conversas com outros idosos.”
Hoje o Grupo 3ª Idade em Ação é
formado por setenta idosos. A frequência deles no Centro de Saúde diminuiu, o
que comprova a eficácia do investimento nesta faixa etária.
Almoço em
comemoração ao Dia do Idoso, 2007
Fonte: Luci da
Silva
Inauguração da
ATI, Academia da Terceira Idade, 2008
Fonte: Luci da
Silva
De acordo com a Vereadora Luci da
Silva, um projeto que está em fase de estudos é a creche do idoso. Neste local,
a famílias poderiam deixar os idosos que necessitam de acompanhamento com
atendentes de manhã e voltar para buscá-los à tarde. Outros ainda poderiam
morar na creche. A entidade atenderia pessoas de Itambé e região.
✌
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