quinta-feira, 16 de março de 2017

CHARGES

Direita ou Esquerda
25/03/2017


Encontrada a criminosa
18/03/2017



"Eu vejo o futuro repetir o passado..."
16/03/2017


Reforma da Previdência
16/03/2017


Propaganda Eleitoral
15/03/2017


A lista de Janot
15/03/2017

quarta-feira, 8 de março de 2017

Uma cidade em texto e imagem



Itambé é um pequeno município no norte do Paraná, com cerca de 6 mil habitantes. Mas tem se tornado grande com o trabalho de divulgação realizado pela professora da Rede Estadual de Ensino Denízia Moresqui. Nos horários de folga, ela se agarra aos equipamentos de filmagem. Seus documentários já chegaram a vários olhos e ouvidos, sobretudo de crianças.

O cinema não era pensamento de Denízia quando chegou à idade de decidir o que fazer da vida. Queria jornalismo, mas a faculdade mais próxima ficava em Londrina, distante cerca de 120 quilômetros. A opção foi percorrer os 40 quilômetros até Maringá e cursar Letras. Iniciou como professora municipal de Língua Portuguesa em Itambé e, desde 2003, é concursada do Estado, além de atuar na Divisão de Cultura da prefeitura.

Pela mesma época, participou de um encontro de professores, em Faxinal do Céu, onde teve contato com escritores. Como já tinha facilidade com a escrita, resolveu ser um deles. Não para satisfação pessoal, mas para ajudar na didática. “Percebi a importância daquele contato e como era difícil para os estudantes terem essa mesma experiência. Por isso, resolvi escrever um conto sobre minha infância”, afirma. Nasceu A galinha ou eu.

CINEMA - Despretensiosamente, o conto deslocou-se ao Espírito Santo para participar do projeto Revelando os Brasis, do Instituto Marlim +Azul, patrocinado pela Petrobras. Ficou entre os 40 melhores e, como prêmio, a autora ganhou um curso de cinema de duas semanas, no Rio de Janeiro. Foi amor à primeira vista. Tão importante quanto isso, seu conto virou um curta-metragem de 15 minutos (assista).

A estreia foi em julho de 2011, em praça pública, no Centro de Itambé. Depois, frequentou a tela do Canal Futura, percorreu dezenas de festivais País afora e foi escolhido como propaganda do projeto Raio X Petrobras. No final do ano passado, o Rio de Janeiro solicitou autorização para o documentário ser apresentado para os estudantes do 6.° ao 9.° ano. “Isso enriquece o Paraná. É bom para o Estado”, vibra.

O cinema impregnou-se na professora e ela conseguiu concretizar um sonho antigo: contar na tela a história de Itambé. Investiu na compra de equipamentos e saiu à cata de fotos e documentos. Em 2014, de suas mãos brotou o roteiro e de sua visão formaram-se as imagens. As três partes do documentário O tempo não leva tudo... – História do Paraná, Colonização do Norte do Estado e Nascimento de Itambé - podem ser conferidas na internet e são muito utilizadas em salas de aula (parte 1 - parte 2 - parte 3).

ARTE - O sucesso ultrapassou fronteiras. Recentemente esteve em Prudentópolis para filmar as nascentes do Rio Ivaí, que é também uma das riquezas que margeiam Itambé. “Vou produzir um documentário sobre isso”, anuncia. Ao mesmo tempo, aceitou convite da Associação Pró-Memória de Londrina para produzir um filme sobre a história da cidade.

Denízia é eclética quando se trata de arte. Faz desenho, pintura, fotografia, cinema e, na escola, trabalha com grupo de teatro. “Já estou com planos de também trabalhar o cinema com os alunos”, diz. Além, é claro, de redigir contos e crônicas que antes povoavam as redes sociais e agora estão alojados em seu blog deniziamoresqui.blogspot.com.br/. “São relatos de memórias”, avisa.

Ela ama o local em que nasceu e plantou alicerces, tema constante em suas manifestações artísticas. “Achar bonito o lugar em que se vive eleva a autoestima”, ensina. Para Denízia, o apoio que recebe do marido e do filho de 7 anos são essenciais para desenvolver todas as atividades com sucesso. E ainda sobra um tempinho para voltar a empunhar o violino, que estudou e praticou por cerca de 10 anos, mas que estava um pouco encostado desde que o filho nasceu. 

Disponível em:
http://www.portaldoservidor.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=680
Site pesquisado em 8 de março de 2016




sexta-feira, 3 de março de 2017

Meu pai


Minha mãe, eu e meu pai
1975

As primeiras lembranças o mostram de chapéu cor palha, calças escuras, camisa, sapato preto e cigarro na boca. Assim se vestia todos os dias. Alto, magro e extremamente calado. Irineu, palavra que significa pacífico. Não sei se o nome influenciou sua personalidade ou se ganhou esse nome por mostrar sua pacificidade desde bebê.

Apesar de pacífico, exercia uma enorme autoridade sobre os filhos. Cinco, um menino e quatro meninas. Minha mãe queria menos, mas ele dizia: "quem cria um cria dez". Então ficamos na metade. Mas, como meu pai não era bom em palavras, não conseguiu decorar os nomes das meninas. Então chamava todas nós de Dulcinéia, o nome da mais velha, ou por alguma característica física. Eu era a polaca, alemoa ou qualquer coisa muito branca.

Como eu já mencionara, a autoridade dele sobre nós era imensa. Minha mãe nos dava bronca e chineladas todo dia. Já ele não, bastava um olhar, nosso sangue gelava e o rosto ruborizava. Poucas vezes foi necessário colocar qualquer um de castigo ou dar palmadas. Talvez o fato de ele falar tão pouco e, muitas vez nem entendermos o que dizia, o tornava um ser misterioso. O mistério causa medo.

Para entender melhor a forma dele educar, relembro um episódio inusitado. Há uns duzentos metros de nossa casa na fazenda, foi feita uma represa. Como éramos muito jovens e não sabíamos nadar, aquilo seria um perigo. Qualquer pai diria a seus filhos: "Não vão até lá porque é perigoso." Mas meu pai parecia nos conhecer bem, além de não gostar de falar. Enfim, palavras não adiantariam. Um dia, chegou em casa com um filhote de jacaré. A coisa era pequena, mas iria crescer e se tornar um monstro. Ele nos mostrou o bicho e disse: "Vou pôr na represa". E pôs. Nem é preciso dizer que ninguém se aproximou da água. Olhávamos o jacaré de longe. Era nosso mito, nosso monstro do lago Ness. Depois meu pai arrumou uma namorada para o bicho.

Quando cresci mais um pouco, isso é, cinco ou seis anos, demonstrei grande interesse por desenhos e palavras. Então, algo mudou. Ele começou a se comunicar mais comigo. Pegava livros nos quais havia desenhos em sequência e pedia para eu contar uma história. E eu contava. Quando estava de bom humor, eu inventava um monte de detalhes, quando não, apenas descrevia a cena. Eu era capaz de contar várias histórias diferentes com os mesmos desenhos, mudando os nomes dos personagens, enredo e desfecho. Ele ficava todo orgulhoso e falava de mim para todos os parentes. Nessa época, eu também o admirava, apesar de já começar a reconhecer suas falhas.

Com o tempo e a percepção das falhas de ambos os lados, nos afastamos, ainda que morando na mesma casa. Cresci e parei de contar histórias para ele. A cada dia nos falávamos menos e a distância foi crescendo.

Eu não queria que meu pai fosse tão pacífico e tão distante. Queria que ele exercesse autoridade sobre a própria vida, da mesma forma que a exercia sobre nós. No entanto, a pacificidade era sua natureza, sua marca, seu nome. E ele esperava muito de mim, por acreditar na minha inteligência. Entretanto, eu não correspondi às suas expectativas. Nos decepcionamos. 

Quando ele morreu, aos 57 anos, não havia nenhum motivo para que se orgulhasse de mim. E essa é uma história que eu jamais poderei mudar.


quinta-feira, 2 de março de 2017

HISTÓRIA DE ITAMBÉ - PARTE 26 FINAL


                                 ITAMBÉ PELOS ITAMBEENSES

                                     (De nascimento e de coração)


Vista aérea de Itambé, 27/1/2014
Foto: Gerson Aparecido Carvalho
          
 “Tenho tanto a falar, mas tão poucas palavras para definir... saudades.” Elizabete Molinare

“Outras cidade conheci, mas esta escolhi. Itambé, aqui é o meu lugar.” Claudete Maceis Cesco

“Todos que a conheceram guardaram em seus corações a marca da hospitalidade e carinho do povo itambeense.” Jorge de Jesus

“Saudosa cidade em solo fértil do Ivaí. Sua gente hospitaleira tem riqueza e fartura que em outro luar jamais vi!!! Maraci Pedrine

“Itambé, quem dessa água bebe não se esquece jamais e, passe o tempo que passar, logo pede para voltar.” Josimara Amaral

“Itambé abençoada por Deus e bonita por natureza.” Alexandre Santos

“Itambé, um recanto feliz” Nelson Ribeiro Rangel

“Minha terra querida.” Oséias Rodrigues

“Itambé querida, em ti plantei minha saudade!!!” Laura de Azevedo Coutinho

“Itambé é o nome dele, do meu município querido. Tive a honra, tenho a glória de ter nele nascido.” Katine Hellen Assis

“Como eu amo minha terra natal!” Márcia Janhaki
“Itambé, cidade em que nasci, cresci e fiz história; cidade querida, povo humilde, acolhedor, cidade melhor, eu nunca vi.” Cirlene Ferrari

“Itambé, cidade igual não há, tenho orgulho de em ti ter nascido, que agora de longe vivo a lembrar que lugar melhor não há.” Joze Cristina Fatoretto

“Sou brasileira, paranaense do pé vermelho. Sou cristã e tenho muita fé. Sou da paz, sou carismática, pois nasci na linda e querida cidade de Itambé.” Sueli Santos

“Itambé, onde vivi boa parte de minha infância. Itambé, município amado que com muita gratidão a Deus permanece em minha lembrança.” Débora Willauer

“Itambé, Terra abençoada e de campos férteis; quem de ti é filho e vive distante, carrega no peito uma saudade constante!” Maria Suzana Ossucci

“Itambé!!!! Não sei definir... só consigo sentir!!!” Ângela Maria Possobon


                      HOMENAGEM AOS PIONEIROS
MEMÓRIAS
Todos cantam a sua terra
Também vou cantar a minha
Itambé, doce cidade
Da minha infância querida
Nasci em zona rural
Numa casa à beira estrada
Onde meus pais acolhiam
Motoristas atolados em barros
Caminhantes em busca de aventuras
Homens trabalhadores
Peões de estradas,
Desbravadores da terra virgem
Homens de fibras e fé
Vindos pra conquistarem
O rico solo de Itambé.



Meus irmãos, homens valentes
Não tinham medo de nada
Enfrentaram a terra rude
Só a Deus eram tementes
Motoristas
Agricultores
Desbravadores
Foram cafeicultores
Também criaram gados.             
Ainda crianças, deixaram as brincadeiras e
Nas mãos em vez da caneta , do lápis e o caderno,
Tinham uma enxada um machado ou martelo,
 para construir um mundo
Inspirados em seus sonhos.
Os verdadeiros soldados
Conquistaram a terra verde num pedacinho de chão
Mas foi dali que compraram outros sítios
Em Quinta do Sol, Fênix e Jaguaruna
Da mesma companhia também pra desbravarem
Compraram caminhões, dividiam  as obrigações.
A beira de uma estrada
Colocaram uma venda grande
De seco e molhado
Na época do ouro verde
Das colônias inesquecíveis das famílias dos Galdences
Dos Firminos ,os primeiros vizinhos de sítios,
Dos Costas, dos Guerras , dos Cumani, Volpatos,
Dos Engels, dos Orlandinis, dos Berces , dos Horitas,
Dos Machados, Passafaros e Linhares
Cada um com o seus sonhos cada um com o seu sítio,
De tantos outros inesquecíveis
De tantas outras novidades,
De um povo altaneiro
Que mereciam placas de ouro
Pela bravura, por construírem juntos
Um município de princípios e honestidades.

Eram onze os filhos da terra,
Muito bem criados
Oito homens, três mulheres
Sendo seis do Paraná
E cinco de Minas Gerais
Sendo três nascido aqui
Nesta cidade querida
Por meus pais escolhida
Para ser nosso rincão.

Em 1946, morando ainda em Bandeirantes
Compraram cinco alqueires de terra
da companhia Melhoramento,
Belmiro e Maria
com seus filhos adolescentes
vieram desbravar seu mundo inocente
tendo apenas dois vizinhos
Firminio e Galdêncio.
E quando aqui chegaram
Adentraram mata a fora
Num ranchinho a beira chão
Construído a mão
Pelos valentes irmãos,
Verdadeiros touros selvagens,
Que embrearam em mata virgem
Derrubando a machado
Pesados troncos de árvores
Numa terra diferente
Tudo tão natural,
O mundo que aqui encontraram
Era sobre natural
Banho no riacho ao lado
Andar na enxurrada
Enchendo os pés de lama
Subindo nos pés de árvores
Comendo frutos silvestres
Vivendo na fartura
De uma terra rica, onde tudo se dava
Os doces daquela época eram feitos em tachos.
Foram  crianças livres,
 Cabelos ao vento,
Pés descalços
Vivendo contos de fadas
Em plena realidade.

Para sobreviver naquela época
Era preciso ser valentes
Corajosos, destemidos
Pois além de bicho de mato
Havia outros perigos
Jagunços, traições
Numa terra de conquistas
Enfrentando carabinas
Foices e assombrações
Desmatando
Plantando
Sonhando
Planejando
Dirigindo caminhões
Numa estrada sem asfaltos
Num companheirismo cativante
Não importando a distancia,
Foram eles que levaram
De Rio de Janeiro à Brasília
A mudança de Juscelino
O famoso presidente.

Mas nem tudo era trabalho
Também havia diversão.
Eram moços bonitos
Gostavam de passear.
Aos sábados iam a bailes
Gostavam de valsar
quando levavam um taba
a barrraca ia para o ar.
No domingo iam jogar bola
Nos torneios de Bela Vista
Eram sempre campeões.
Além de futebol e bailes
Também eram brigões
Eram forte, selvagens
E na hora da confusão
Brigavam até entre si,
Mas ninguém podia não
Mexer com nenhum deles,
Pois nesta hora eram unidos
Verdadeiros irmãos.
Estudavam a noite a luz do lampião
era comum encontra -los dormindo
debruçados em cima dos livros
levantavam cedo pra trabalhar
em em busca dos sonhos de seus corações.
Sabiam também serem doces,
Eram namoradores
Casaram -se muito cedo
Com as moças do lugar
Aprenderam a ler na Biblia
Amavam a Deus
Verdadeiros cristãos,
No domingo e em festas,
Enchiam os caminhões,
Levando toda a família,
Amigos e vizinhos
Para tomarem a comunhão.

Minha irmã, moça bonita    
Cinturinha de pilão
Dotada de toda candura
Doce como um mel,
Foi ‘’filha de Maria’’
Usava um branco véu
Namorava só de olhar
Um dos ‘’Marianos’’,
moço bonito do lugar.
Mas os irmãos menores,
Todos da ‘’Cruzada’’
A vigiavam de perto, pois além
De muito amada, A única moça da casa
Que fazia todo o serviço,
Lavava roupa no riacho,
No velho e bom bastidor
Os ternos brancos de linhos,
De todos os irmãos.
Engomava seus cintos e a roupa da cozinha
Onde ajudava com os pesados caldeirões de ferros,
No grande fogão a lenha,
Fazendo brasas vivas, para passar
Em ferro pesado toda a roupa da família.
Namorar era impossível
Casar-se nem pensar,
Mas, um dia na jardineira
Enamorou-se do motorista
Que por ela caiu de amores.
Mas o pai disse que não,
Os irmãos nem pensar.
Mas os dois enamorados
Resolveram lutar
Fugiram de madrugada
Para poderem casar.
Foi um tal alvoroço
O pai queria matar
Não assinava o livro
Pra vergonha da família,
Teriam que amigar.
 Foi preciso muito gente
Pra convencer o pai
Veio o páraco da cidade
O prefeito que era o compadre João,
O juiz de paz e o escrivão,
Foi também o delegado e o médico da família,
Os amigos das colônias da esquerda e da direita,
 Todos apaziguando a fera dos Belmiros.
‘’Deixe compadre, sua filha se casar.
Deixe-a ser feliz a viver em paz
Não pode escolher por ela o homem de sua vida.
Não é você que vai casar.
Se ela não se casar e o rapaz a deixar
Será fichada, coitada, e na zona vai morar.’’
Depois de muita pressão, ele assinou
Mas alguns dos irmãos a ela não perdoou    
Cortaram relações, viveu longe dos seus
Porque escolheu um dia, ser livre
Pra construir sua família.

Meu pai foi peão,
Criado pelo mundo
Sem nada nas mãos.
 Viajava sozinho, era um giramundo
Num burrão bem aplumado
O melhor da redondeza
Trazia anel no dedo
Somente doutor usava.
Espora de prata
Arreio reluzente
Bigode bem aparado
Conquistador, boêmio de causa
Fazia versos, mandava flor
Galanteador
Com seu jeito bem apanhado
A minha mãe conquistou.
Casaram, então foi carreiro
Com seu carro de boi, foi madrugador
Com seus dois filhos mais velhos
Um era candeeiro
Levava o lampião
O outro abria as porteiras
Daquele mundo incerto,
Do grande sertão mineiro
Onde tudo abandonou
Vindo pra conquistar
A terra de leite e mel
O solo de Itambé.

Minha mãe, mulher valente,
Domadora de cavalo bravo
Filha de fazendeiro, Homem honrado
Mineiro de Juiz de Fora,
Sua palavra era lei
Chamou a filha e falou
‘’com este peão, minha filha, não casas
Se teimares, serás então deserdada’’.
Mas a ele respondeu com firmeza e paixão
‘’Meu pai, não desisto não
Vou lutar por este amor vou viver o meu sonho
provar o seu valor''
Com seu amado fugiu de casa,
Tudo abandonou...
Mas nem tudo foi romantismo
Nem tudo foi florido, a vida não lhes foi fácil
Passou necessidades, saudades e dor.
Um dia ouviu falar de uma terra distante
Terra rica e verde, onde muitos enriqueciam.
Só precisava coragem, o que eles tinham de monte,
Pegaram os cinco filhos pequenos
Disse adeus a sua terra e vieram conquistar, outro lugar,
A terra vermelha, o ouro verde do Paraná.
Ensinava seus filhos a trabalhar
conquistar  o seu chão
a tirar da terra o seu pão.
Em 1957, fizeram um pau de arara.
Voltaram a terra natal com seus dez filhos,
Pois um havia morrido,
Olhou nos olhos do pai e lhe disse sorrindo
‘’ Pai eu venci na terra que escolhi para viver e
 Criar minha família, pra fazer dela meu rincão
E derradeira moradia’’

Que mistura interessante
Que meus pais trouxeram aqui
Do meu pai veio o índio o africano
O primeiro habitante e o
Guerreiro escravizado,
Da minha mãe o português
O grande senhor de escravos.
E assim uniram-se os dois
Mineiros de Juiz de Fora
Vindo para Bandeirantes, Mandaguari
E depois a Itambé, onde viveram e foram sepultado,
Nos Deixando por herança
O mesmo amor e carinho pela
Terra dos seus sonhos.

Na época dos cafezais, tudo muito divertido
À noite íamos a terços, nos vizinhos de sítios
Não tão interessado no santo do dia
Mas no chá de chocolate, que a comadre fazia
Brincávamos de esconde-esconde, de Dona Conceição,
Quer passear comigo? Boa noite meu irmão.
Nos domingos íamos a missa
No Patrimônio Santo Antônio, conhecido como Guerra,
Mas as festas de igreja eram mesmo em Itambé
Muita gente, muita amizade
Muita esperança e fé.
As moças trabalhavam, 
na colheita do café
Mas quando chegava o sábado
A casa iam limpar.
As paredes branquinhas
Como os bancos do quintal.
Pra sentar com a família
Fazendo todo o enxoval,
Mas também faziam doces, pães, bolachas e pudim,
Aguavam com cuidado o imenso jardim
Ouvindo Tião Carreiro ou outros sertanejos
Na cantiga chorosa, da saudade
 De outras terras deixadas pra trás
Mas a noite de sábado e domingo era dia de namorar,
Juntos com a família ajudando no enxoval,
As moças eram prendadas, sabiam bordar,
Cuidar de uma casa e costurar
Pois eram educadas para casar
casamento era pra sempre
teriam que conservar.

Os jardins eram os mais lindos
Ainda os guardo na lembrança,
Os grandes canteiros de rosas, de dálias e miosótis,
Flor do céu, hortênsias e girassóis
Cravos e cravinas,
Cheios de margaridas, brancas e amarelas
De trepadeiras floridas que tombavam nas janelas
Nos bancos espalhados pelo jardim
Debaixo dos pés de árvores
Floridas de primaveras
Ainda guardo em mim
O cheiro tão perfumado
Daqueles jardins sem fim,
Onde borboletas e beija flores
Num bailado de serafins
Ouvindo o canto do sabiá
No galho da laranjeira,
Do imenso pomar de diversas frutas,
Tudo tão natural
As imensas hortas e o mandiocal
Melancias e melões plantados no cafezal
Um mundo de fartura descomunal.

As festas eram animadas
Com muitas macarronadas
Carne de porco e galinha
Doces de cidra e laranjas
Abóboras e amendoins
Todos feitos pelas comadres
Com muito carinho.
A folia de três reis era a mais animada
Vestidos de palhaços, com bandeiras enfeitadas
Com pandeiro e violão, Iam de casa em casa
Pedindo tudo o que viam
Chegavam cantando e dançando,
Eram muito respeitados
Bebiam muita cachaça, para afinar a garganta

Levavam tudo o que podiam, todos queriam ajudar
Davam galinhas, porcos e cabritos,
Para todos participarem
Do grande dia, geralmente em minha casa
Na beira da estrada,
Fazendo procissões, com todo o respeito e fé,
Pagavam promessas feitas, ao três reis santos
Andando quilômetros a pé.

Na casa de meus pais
Toda noite era de festa,
A família numerosa, reunida no terreirão
Para ouvir histórias fantásticas
De reinos distantes, de príncipes e princesas
Contadas por minha mãe, a grande
Professora, que ensinou os filhos a ler,
Ali também tínhamos histórias da Bíblia
Contada por meu pai
Mas também histórias da estrada
E de muitas assombrações
Dizendo serem verídicas
Contadas por meus irmãos.

Antônio, o número 2
Moço forte, trabalhador
Trabalhava, se fosse preciso,
Noite e dia sem parar,
Sol ou chuva sem reclamar.
Um dia levantou se antes do normal
Saiu de casa de madrugada
Para ir ao sítio vizinho
Buscar uma carga grande
Pra levar a outro local,
Quando descia pelo carreador
O caminhão ali parou,
Não pegava na partida
E nem com empurrão
Ele gritou por ajuda, pois estava muito frio,
Foi quando um vulto veio em sua direção
Um homenzinho, muito pequeno
Ficando de longe a olhar
Meu irmão então gritou
‘’Maloqueiro, o que há?
Vai ficar ai parado, por que não vem me ajudar?’’
De repente o homenzinho começou a se levantar
Cresceu tanto de altura
Que a meu irmão assustou
Entrou na cabina correndo
O medo o dominou, pois enfrentava de tudo
Menos assombração, pois isso não era normal.
E o homenzinho cresceu tanto,
Que encima do caminhão dobrou.
E tremendo de medo e frio, sem poder se mexer,
Esperou com paciência, o sol nascer.
E assim era constante em ver assombrações
Bicicleteiro de um pé só, virar tiras de toda cor
Cavaleiros virando caveiras
Luzes que subia e descia
Correndo pelos carreadores,
Mas no fundo eram mesmos
Grandes historiadores.

Itambé, terra vermelha
Pisei em teu lamaçal,
Brinquei nas tuas enxurradas
Viajei nas asas do vento
Senti tuas geadas
Na beira de fogueiras aqueci teu frio bravo
Coberta de estopas, ou de lã de carneiro
Ouvindo uivo do lobisomem
Relincho da mula sem cabeça
Vi tiros passar perdidos
Rente a minha cabeça
Sendo a caçula da família, fui filha mimada
Cresci livre, perigo não me cercava,
Andava a cavalo, de bicicleta ou a pé
Ouvindo cantiga chorosa
Do saudoso migrante
Vivi diversas culturas, do sertanejo contente
Vivendo em novas terras
De um povo diferente.
Com nove anos de idade
Mudamo-nos pra cidade.
Estudei no Olavo Bilac e depois na Giampero Monacci,
Formei-me em Letras por gostar de poesias
Pois sou neta de grande poeta mineiro,
Trago seu sangue nas veias.
Casei-me, tive três filhas
Valéria, Valesca e Vanessa
Meus genros
Rogério, Alexandre e Romildo
Deles vieram os netos, a alegria dos meus dias,
Carlos Eduardo, Milton André, Hellora,
Inárah Rosa, Leonardo e Isadora.
Fui vereadora, gostava do que fazia,
Mas a política não foi meu forte,
Prefiro uma vida simples.
Sou viúva, perdi meu companheiro,
Milton será sempre o meu amor primeiro.
Sou líder de uma igreja, pregadora apaixonada
Amo o meu Senhor,
Jesus é o meu caminho, meu escudo e fortaleza
Sem Ele eu não sou nada, mas com Ele eu posso tudo,
Salto muralhas enfrento exércitos se for preciso,
Sou feliz, pois tenho paz de espírito.

Esse é um memorial de família,
Pedaço de uma história que virou livro,
Que ainda não publiquei.
Uma homenagem a meus pais:
Belmiro Caetano da Silva e
 Maria das Dores Pinto. (Em memória)
A meus irmãos:
José Caetano (em memória),
Antônio Caetano,
Rubéns Caetano,
Brás Caetano (em memória)
Helena da Silva Melo
Belmiro Caetano da Silva Filho (em memória)
Sebastião Pinto da Silva
Santos Dias da Silva (em memória)
Paulo Naval da Silva e
Maria Ana da Silva
E a todos pioneiros que fizeram desta terra
O seu legado, seu porto seguro o seu chão .                       
                               ROSA DA SILVA OLIVEIRA.       
                                       Rosa da Silva Oliveira e sua família - Fonte: Rosa da Silva Oliveira                                       

      PIONEIROS DE ITAMBÉ

    (Nomes dos chefes de família)


      Aclisto Soares dos Santos, Adão Michalai, Adolfo Niere, Alberto Giraldeli , Albino Romanholi, Albino Valler, Albino Vilinski, Alfeu Correia , Altino Amâncio ,Altino Camilo , Aluízio Linhares Monteiro, Álvaro Moreschi, Américo Morelli, Américo Zamberlan, Ampélio Beltramin , André Bianchessi , Angelin Tiepo, Angelo Vallér, Antenor Ferreira de Aquino , Antonio Alves, Antonio Balan, Antônio Belasque Garcia, Antonio Cezar de Oliveira, Antônio Crespin, Antônio Dias, Antonio Naujalis, Antônio Moreno, Antônio Mulari, Antônio Patrício, Antônio Pelatti , Antônio Peregrin, Antônio Pereira Brito, Antônio Pessa, Antônio Rodrigues Machado , Antonio Rodrigues Santana, Antônio Schischoff, Antonio Silva, Antonio Verni, Aparecido Barreto do Nascimento, Aparecido Campos, Arcênio Bianchessi , Argentino Bianchessi, Aristides Campos, Aristides Cumani , Armindo Miotti ,, Arnaldo Nieri, Augusto Mineiro, Augusto Tiepo, Augusto Vertuan, Basílio Ferreira de Aquino, Batista Luchezi, Belmiro Caetano da Silva , Benedito Amâncio, Benedito Maia, Benito Rodrigues , Bernardino de Oliveira , Boleslau Buchinski, Braz Antonio da Silva, Carlos Bobbo, Carlos Pereira da Silva, Cesário Rogério, Clemente Zamberlan, Clemente Zelask, Cirilo de Souza, Damásio de Oliveira, Dário Pedrangelo, David Ferrareto , Demétrio Camilo, Diomar Pedrini, Domingos Alves, Domingos Bertolassi, Domingos Coneglian, Domingos Denardi, Domingos Silveira, Durval Rampelloti , Durvalino Custódio, Edgar Pereira de Melo, Érico Possobon , Ernesto Fugazza, Ernesto Vallér , Eugênio Tiepo, Ezidio Vanzela , Família Aoki, Família Balan, Família Beltramin, Família Bindewald, Família Camilo, Família Mulinári, Família Rampelotti, Fermino José dos Santos, Fernando Kíítiro Murata, Francisco Alino, Francisco Aret, Francisco B. Moreno, Francisco Ginchan, Francisco José da Silva (Bandeira) , Francisco Lischimann, Francisco Stainski, Francisco Valério, Francisco Vitorino, Frederico Wegner , Gabriel Cristino de Freitas, Gaudêncio  Severo Luiz , Gentil Bianchessi , Gentil Comachio, Geraldo Broio , Geraldo Romanholi, Germano Jeller, Gibson Linhares Monteiro , Gilberto de Souza, Gilberto Ossucci,  Gildo Balan, Gregório Augusto Vertuan, Guelfo Spirandelli, Guido Vedoveli, Guilherme Meyer, Guilherme Miotti, Gumercindo Amaral, Hans Gegenschatz , Hakuji Matsumoto, Hatsuji Sugiura, Hélio Piveta , Henrique Paloski, Hermelindo Miotti, Hilário Alino, Hilário Berse, Hover Zamberlan, Humberto Moreschi, Inácio Remenski, Inácio Urubleski, Inácio Yaembiski, Jacob Silgail , Jesus Valério, João Amâncio, João Amaral, João Antonio Claro , João Bessani, João BindeWald, João Calsavara, João Cristino de Freitas, João da Cruz de Oliveira, João Giraldeli, João Guedes, João Granero, João Guerra, João Jacob Gegenschatz, João Lopes, João Maldonado Sanches, João Menino, João Módena, João Molinari, João Pavesi, João Rodrigues, João Rodrigues Gomes, João Romanholi, João Sechelski, João Silveira, Joaquim Brito, Joaquim Chagas Cardoso, Joaquim Menino, Joaquim Pereira Melo, Joaquim Silveira, Jocob Silgail, José Amâncio, José Bento, José Bianchessi, José Broio, José Caetano , José Noé da Silva, José de Oliveira, José de Paula, José de Paula Morais, José Denarde, José De Sibio, José Domingos Lessa, José dos Santos, José Ferrareto , José Ferreira de Carvalho, José Granero , José Gonçalves, José Gonela, José Guerra , José Joaquim Pereira , José Laurindo Pereira, José Martin Vieira, José Módena , José Nardi , José Neves, José Ossucci, José Pedro da Silva, José Pereira de Carvalho, José Pessa , José Possobon José Talhari , José Denardi, José Urubleski, Jovânio Pereira dos Santos, Lafayette Grenier, Lazaro Braga Veloso, Leosvaldo de Souza, Lindolfo José da Silva, Lourival Lopes, Lourenço Giraldeli , Luiz Balan, Luiz Della Coleta, Luís de Nardo, Luiz Fedrigo, Luiz Garbeloto, Luiz Lopes, Luiz Moro, Luiz Nardi, Luiz Pellazo, Luiz de Brito, Luiz Pereira Brito, Luiz Valério, Luiz Vallér, Manoel Pellazo, Marcelino, Antônio Alves, Marcelino Ciolin, Marino Ossucci, Mário Machado, Mário Vertuan, Mário Vitorino, Martin Tiepo, Massakasso Honda, Mauro Arruda Vilas Boas, Mauro Nakamura , Miguel Jorge Nauffel , Miguel José dos Santos, Milton Linhares Monteiro, Misdei Moreschi, Natal Tomazelli, Nicanor Amaral, Nicolau Lopes, Olímpio Bianchessi, Olívio Vanzella, Onésio Ferreira de Aquino , Onildo Pedrini, Orlando Ferreira de Aquino, Otávio Zamberlan, Osvaldo Bianchessi , Osvaldo Fernandes da Silva, Osvaldo Niere, Osvaldo Rodrigues, Otto, Ovídio Miotti, Ovídio Ossucci, Ovídio Zamberlan, Paulino Jofli de Castro Silva, Paulo Bogenscheneider, Paulo Fedrigo, Paulo Rodrigues Pereira, Paulo Tutti, Paulo Xavier, Pedro Bastos, Pedro Bastos Pereira, Pedro Bianchessi , Pedro Cardin , Pedro Menino, Pedro Ossucci, Pedro Pelatti , Pedro Rodrigues de Oliveira, Pedro Coneglian, Platão Erotides da Veiga, Rafael Gomes de Lima, Rafael Lopes, Reinaldo Miotti, Reinaldo Ossucci, Rodolfo Schlatter, Romário de Oliveira, Rômulo Bessani, Sadao Matsumoto, Salvador Romanholi, Salviano, Silveira, Sebastião de Oliveira, Sebastião dos Santos, Sebastião Pavesi, Sebastião Sarangeira, Severino Vallér, Silvestre Zamberla, Simão Persona, Sócrates da Veiga , Takajiro Murata, Valdir José Pavesi, Valério Zaninelo, Vergílio Castaldelli, Vicente Pavesi, Vítor Romanholi, Vitória Covalski, Vitório Caetano de Orlando, Yoshio Ikeda.


                                          LEGISLATURAS

1ª Legislatura – 1961 a 1965
Prefeito: João Antônio Claro
Vice-Prefeito: José Pereira de Melo
Vereadores: Antônio Belasque Garcia, Benito Rodrigues, Clemente Zelak, Diomar Pedrine, José Caetano, Rafael Lopes, Severino Valler. E Silvestre Zamberlan.

2ª Legislatura – 1966 a 1969
Prefeito: Misdei Moreschi
Vice-Prefeito: Sócrates da Veiga e Souza
Vereadores: Aécio Orlandini, Benito Rodrigues, Durval Rampelotti, Geraldo Gonçalves Torres, Gibson Linhares Monteiro, Paulo Orlandini, Rafael Lopes, Samuel Ferreira de Carvalho e Sebastião Pavesi.

3ª Legislatura – 1970 a 1973
Prefeito: Gibson Linhares Monteiro
Vice-Prefeito: Paulo Orlandini
Vereadores: Benito Rodrigues, Bruno Ossucci, Deodato da Cruz Oliveira, Geraldo Gonçalves Torres, José Godoi Bueno, Marino Ossucci, Mário Forastieri, Miguel Jorge Naufel, Rafael Lopes.
Assumiram os suplentes: Antônio Rodrigues Machado e João Cristino de Freitas substituindo Geraldo G. Torres e José G. Bueno.

4ª Legislatura – 1974 a 1977
Prefeito: Misdei Moreschi
Vice-Prefeito: Mário Forastieri
Vereadores: Antônio Rodrigues Machado, Bruno Ossucci, Hamilton Jeremias, João Cristino de Freitas, Jovânio Pereira dos Santos, Miguel Jorge Naufel, Rafael Lopes, Rodolfo Alfredo Schlatter e Sebastião Pavesi.

5ª Legislatura – 1978 a 1983
Prefeito: Rafael Lopes
Vice-Prefeito: Miguel Jorge Naufel
Vereadores: Antônio Rodrigues Machado, Benito Rodrigues, Jovânio Pereira dos Santos, Luiz de Nardo, Lucindo Ferreira de Lima, Mário Foratiere, José Pessa, Olívio Louzada e René Correia de Assis.

6ª Legislatura – 1984 a 1988
Prefeito: Antônio Rodrigues Machado
Vice-Prefeito: Mário Forastieri
Vereadores: Domingos Laudenir Vitorino, Ferdinando Francisco Bianchessi, João Antoniassi, João Cabrera, João de Deus Leal, Jovânio Pereira dos Santos, Olívio Louzada, Pedro Rampelotti e Sebastião dos Santos.

7ª Legislatura – 1989 a 1992
Prefeito: Mário Forastieri
Vice-Prefeito: Paulo Tadashi Honda
Vereadores: Antônio Carlos Possobon, Antônio Coneglian, Benedito dos Santos, Devanir Vitorino, Lourdes da Silva, Sebastião dos Santos, Sérgio Martins da Cunha, Vítor Aparecido Fedrigo e Wilson Capoci.

8ª Legislatura – 1993 a 1996
Prefeito: Paulo Tadashi Honda
Vice-Prefeito: Antônio Carlos Possobon
Vereadores: Alcir Roberto Bianchessi, Célia Cabrera, Duvelis Lourenço Berse, Maria José Clemente da Silva, Maria Terezinha Pedrângelo Machado, Paulo Messias da Silva Paixão, Sebastião dos Santos, Vítor Aparecido Fedrigo e Wilson Capoci.

9ª Legislatura – 1997 a 2000
Prefeito: Mário Forastieri
Vice-Prefeito: Paulo Messias da Silva Paixão
Vereadores: Ademir Barreto do Nascimento, Alcir Roberto Bianchessi, Célia Cabrera, Cirlene Ferrari, José Amâncio, Luci da Silva, Valdir Fries, Vítor Aparecido Fedrigo e Wilson Capoci. Rosa de Oliveira da Silva assumiu em substituição a José Amâncio.

10ª Legislatura – 2001 a 2004
Prefeito: Mário Forastieri
Vice-Prefeito: Vítor Aparecido Fedrigo
Vereadores: Ângelo Nardi, Antônio Coneglian, Benedito dos Santos, Luci da Silva, Maria Terezinha Pedrângelo Machado, Paulo Alves dos Santos, Roque Amâncio, Sebastião Farias e Wilson Capoci.

11ª Legislatura – 2005 a 2008
Prefeito: João Cabrera
Vice-Prefeito: Vítor Aparecido Fedrigo
Vereadores: Adriano Rodrigues Lopes, Ananias Soares Vieira, José Waldecyr Castaldelli, Luci da Silva, Luiz Florentino Ribeiro, João Robson Cabrera, Maria Salete Fragoso Bróio, Sebastião Farias, Sérgio Meschini. Assumiram os suplentes: Antônio Coneglian, José Roberto da Silva, Maria Terezinha Pedrângelo Machado, Sebastião Maurílio de Souza e Valdirene Francisca de Souza.

12ª Legislatura – 2009 a 2012
Prefeito: Antônio Carlos Zampar
Vice-Prefeito: Benedito dos Santos
Vereadores: Adriano Rodrigues Lopes, Ananias Soares Vieira, Cirso Amâncio, Geraldo Francisco da Costa, João Sebastião da Silva, Maria Salete Fragoso Bróio, Reginaldo Miotti, Sebastião dos Santos Filho e Sebastião Farias.

13ª Legislatura – 2013 a 2016
Prefeito: Antônio Carlos Zampar
Vice-Prefeito: Benedito dos Santos
Vereadores: Salete Fragoso Bróio, Sebastião dos Santos Filho, Sebastião Farias, Elias César Campos Pereira, Ricardo Santana da Silva, Wilson Capocci, Luci da Silva, Cirso Amâncio, José Waldecyr Castaldelli.

14ª Legislatura – 2017 a 2020
Prefeito: Vítor Aparecido Fedrigo
Vice-Prefeito: Juscélio da Silva Moreski
Vereadores: Ricardo Santana da Silva, Luci da Silva, Cirso Amâncio, José Waldecyr Castaldelli, Sérgio da Silva, Stheevan Fernando Fernandes Pavesi, Claudinei Alves Barbosa, Eder Aparecido Rodrigues da Silva, José Luiz de Brito.


SITES E BLOGS PESQUISADOS ENTRE 2010 E 2014

http://www.oblatas.org.br/artigos_detalhes.asp?codigo=17&categoria=3&subcategoria=2
http://www.arquivopublico.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=44



                                                    BIBLIOGRAFIA

BENATTI, Antônio Paulo. O CENTRO E AS MARGENS: Boemia e prostituição                       na “capital mundial do café” (Londrina 1930-1970). Dissertação apresentada à Universidade Federal do Paraná, sob a orientação do Prof.ª Dr.ª Ana Maria de Oliveira Burmester e co-orientação da Prof.ª Dr.ª Margareth Rago,  para obtenção de grau de Mestre em História. Curitiba, 1996.

Lendas e Contos Populares do Paraná/ coordenador Renato Augusto Carneiro Jr.; equipe
         Pesquisa Cíntia Maria Sant’Ana Braga Carneiro, José Luiz de Carvalho, Júlia
         Calopreso Braga, Myrian Sbravati, - Curitiba:
         Secretaria de Estado da Cultura, 2005 (Cadernos Paraná da Gente)

FERNANDES, Josué Corrêa, 1947 –
      Saga da esperança: socialismo utópico à beira do Ivaí / Josué Corrêa Fernandes. –
      Curitiba: Imprensa Oficial, 2006.

MOTA, Lúcio Tadeu
      As guerras dos índios Kaigang: a história épica dos índios Kaigang no Paraná (1769-1924) / Lúcio Tadeu Mota, apresentação de Carmem Sylvia de Alvarenga Junqueira. -2. ed. rev. E ampl. – Maringá: Eduem, 2009.

MOTA, Lúcio Tadeu
      Os Kaigang do Vale do Ivaí: história e relações interculturais / Lúcio Tadeu Mota, Éder da Silva Novak. Maringá: Eduem, 2008.

MOTA, Lúcio Tadeu
Redução Jesuítica de Santo Inácio/ Lúcio Tadeu Mota organizador. – Maringá: Eduem, 2010. Vários autores.

ITAMBÉ – Revista Histórica do Município. Editada por Traço Publicações. Composição: Henrique Hermann Bzyl. 1984.

ITAMBÉ - Aspectos históricos, geográficos e sócio-econômicos. Elizabete Aparecida Moreno Nardi. Trabalho realizado através de financiamento do projeto Vale Saber, SEED-Paraná. Itambé, 1996.

MARTINS, Romário, 1874-1948
         História do Paraná / Romário Martins.
         Curitiba: Travessa dos Editores, 1995.
         Coleção Farol do Saber.

O Êxodo Rural Enquanto Reflexo da Modernização Agrícola – O Município de Itambé: Um Estudo de Caso. Lúcia de Melo. Monografia apresentada à Universidade Estadual de Maringá junto ao Departamento de Geografia para obtenção do título de Especialista em Geografia. Área de concentração: Geografia do Estado do Paraná. Orientadora: Maria José Tavela Zermiani. Maringá, 1997.

Paraná espaço e memória: diversos olhares histórico-geográficos / autores Scortegagna... [et.al]; organizadores Cláudio Joaquim Rezende, Rita Inocêncio Triches. –Curitiba: Editora Bagozzi, 2005.

Plano Diretor de Uso e Ocupação do Solo do Município de Itambé, 2007.

Revista Comemorativa dos 50 anos da Paróquia Nossa Senhora das Graças – Itambé, 25 de outubro de 2009. Pesquisa Histórica: Elizabete Aparecida Moreno Nardi e Maria Helena Zampar dos Santos.

Revista Tradição. Maringá: Julho de 2010.


                                    TESTEMUNHAS DA HISTÓRIA
       Alcides Benossi, Alcir Roberto Bianchessi, Alvarina Higino Pereira Mendes, Amal Saad Said, Ananias Soares Vieira, Anésio Mendes, Antônia André Moreschi, Antônio Coneglian, Antônio Rodrigues Machado, Antônio Paulo dos Nascimento, Antônio Pelatti, Antônio Carlos Zampar, Antônio Zampar, Aparecida Claro Moreschi, Aparecida Trevisan dos Santos, Argentino Bianchessi, Áurea Pedrine, Aurélio Souza, Benedito dos Santos, Carlos Henrique Jorge Nauffel, Celestino Barbosa da Silva, Diogo Aparecido Grigoletto, Diva Granero, Elizabete Aparecida Moreno, Ernesto Barbosa Ramos, Eurípedes Mariano da Silva, Francielle da Silva Meira, Francisca Cardoso Rosa, Francisco Suniga Pavan, Frida M. Bianchessi, Generosa Ribeiro Ramos, Genésio Pereira Higino, Guilherme de Almeida Grenier, Homero Durvalino Sthefany, Idalina Alves Rocha, Ivete Bianchessi  Pereira, Ida Besler Mantovani, Jamile Saad Said, Joana de Oliveira Vicente, João Antoniassi, João Naujalis, José Antônio dos Santos, José Aparecido de Oliveira, José Carlos Nardi, José do Rosário Branco, José Dolce, José Manoel Alves da Silva, José Nardi, Jovânio Pereira dos Santos, Judite Maria Lopes, Koren Assis, Lacídio Perin, Laura de Azevedo Coutinho, Lídia Novaes Amante, Luci da Silva, Luciana P. A. Coneglian, Lucimeire Severo de Lima, Lúcio Tadeu Mota, Luzia da Silva Maia, Márcia Josefa Pedrine, Maria Conceição Maldonado dos Santos, Maria de Aguiar Feltrin, Maria de Fátima Bernardes Cesco, Maria de Souza Bueno, Maria Eliza Spineli, Maria José dos Santos Lemos, Maria Helena Zampar dos Santos, Marilena C. de P. Meyer, Mário Forastieri, Marta Rosa T. Ossucci, Mauro Nakamura, Melquíades Amâncio de Souza, Mônica Osvaldo do Nascimento, Natalina Cavallari Forastieri, Natalino Nunes da Silva, Olímpio Bianchessi, Onildo Pedrine, Orlando Lopes, Oséias de Lima, Oswaldo Bianchessi, Paulo Fedrigo, Paulo Paixão, Pelargia Buchinski Schischoff, Pedro Cécero Filho, Pedro Denarde, Roberto Bondarik, Rosa Maria Grenier Granzotto, Rosa da Silva Oliveira, Rosalina Maria Aparecida da Silva, Roque Aparecido Tavares, Rumiko Matukita Giraldelli, Sebastina Batista Aparecida Florão, Sebastiana Meireles Pereira, Sônia Linhares Monteiro Chicralla, Solange Ferreira de Lima, Sueli Aparecida Baraldo Zampar, Vera Eloísa de Melo Assis, Vera Lúcia Gomes Moresqui, Vítor Aparecido Fedrigo, Vitorina Giraldelli Dolce, Wilson Capocci.


                                                    A AUTORA

Denizia Moresqui
Foto: Kim Moreschi

               Denizia Moresqui é uma autêntica pé vermelho. Nasceu em Itambé/PR, a 27 de fevereiro de 1973, filha de Irineu Moresqui e Vera Lúcia G. Moresqui. Ela viveu na Fazenda Anjo da Guarda, em Itambé, até 1980, iniciando seus estudos na Escola Isolada da fazenda. Em julho do mesmo ano, mudou-se com a família para a cidade de Itambé e passou a estudar no Colégio Estadual Olavo Bilac. A partir da 5ª série, estudou na Escola Est. Prof. Giampero Monacci. Concluiu o 2º Grau, atual Ensino Médio, no Colégio Est. Olavo Bilac, cursando o Magistério. Em 1992, ingressou no curso de Letras da Universidade Estadual de Maringá. Durante o curso, interessou-se por Arte e, após a conclusão do mesmo, fez cursos de extensão na UEM de desenho e pintura, estudou ainda violino. Denizia é pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e Educação Especial.
               Em 1995, entrou para a Rede Municipal de Educação, lecionando no Projeto Piá "Maria Aparecida Mollo Jorge". Lecionou também na Escola Municipal "Pe. Aldo Lourenço Matias" na qual lecionava arte e produzia peças teatrais. Em 2003, tornou-se professora da Rede Estadual de Educação, lecionando Língua Portuguesa e teatro na Escola Est. Giampero Monacci. 
                Pela sua dedicação à arte, foi convidada pelo Prefeito João Cabrera a chefiar a Divisão de Cultura a partir de 2007, cargo que ocupou até 2015,  na gestão do Prefeito Antônio Carlos Zampar. Por causa desse trabalho, interessou-se por fotografia e produções audiovisuais. Produziu o filme A Galinha ou Eu e o documentário Itambé: o tempo não leva tudo.
                Iniciou a produção deste livro em 2010, entrevistando pioneiros e buscando dados em livros, revistas, sites, trabalhos acadêmicos e blogs. O trabalho durou três anos. Escreve ainda contos e crônicas que são publicados em seu blog
                Denizia é casa com o advogado Luís Fernando C. Medeiros e é mãe de Fernando Moresqui Medeiros. A família vive na casa construída pelo seu avô, Misdei Moreschi.
                          Sobre este livro, ela só tem uma frase a dizer:
                 
                    "Escrever a História de Itambé foi o melhor trabalho da minha vida."
                
               
       


O circo no Moreschi

 Bairro Moreschi (Fazenda Anjo da Guarda), local onde, possivelmente, o circo fora montado                                           ...