sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

HISTÓRIA DE ITAMBÉ - PARTE 23

                                          ESPORTE E LAZER

                                 CLUBE RECREATIVO DE ITAMBÉ
                 De acordo com a primeira ata do Clube Recreativo de Itambé, no dia 15 de setembro de 1981, houve uma reunião no Salão Nobre da Câmara dos Vereadores para tratar da fundação de uma associação recreativa e esportiva sem fins lucrativos. No evento, estavam presentes os senhores: Evandro Lopes, Rafael Lopes, Josias Vieira, Paulo T. Honda, Mauro Nakamura, Alvino João Bindewald, José Maurício Camilo e Onildo Pedrini.
                A ideia foi exposta por Josias Vieira e Evandro Lopes. Em seguida, Josias, Mauro Nakamura e Paulo T. Honda foram designados a reunir sócios e averiguar custos para a realização da obra. A pretensão era construir duas piscinas, uma adulta e uma infantil, e a sede.
                Na segunda reunião do grupo, em 30 de setembro de 1981, esteve presente um engenheiro da Empresa Specian Luz, de Londrina-Pr. Ele apresentou o projeto e o custo da obra, com o terreno incluso. O projeto foi aprovado, a associação foi denominada Clube Recreativo de Itambé e Josias Vieira foi o primeiro presidente e o vice Paulo T. Honda.
                A inauguração aconteceu a 21 de março de 1981, com mais ou menos 350 associados. O clube dispunha de uma piscina para adultos com 25 metros de comprimento por 12,5 de largura, outra para crianças com 12 por 6 metros, um bar e dois banheiros. O primeiro zelador foi o senhor João Ernesto Maia, que trabalhou na Fazenda Minerva, onde também cuidava da piscina. O porteiro era conhecido como Seu Nhozinho.


Inauguração do Clube Recreativo de Itambé
Fonte: Prefeitura Municipal de Itambé

                    No decorrer dos anos, as dependências do Clube foram ampliadas com: sauna, salões de festas, bar, campo de futebol suíço, vôlei de areia, churrasqueira, parquinho, tobogã e academia de musculação, atualmente com 32 aparelhos.
                  Além de diversão nas piscinas, os associados ainda podiam participar de campeonatos de futebol suíço, que se iniciaram em 1985, na administração de Gervásio Cardoso dos Santos, e duraram até 2005. Segundo Antônio Paulo do Nascimento, o advento da Internet afastou por algum tempo os frequentadores do clube, por isso, os jogos cessaram. Em setembro de 2012, na administração de Juscélio da Silva Moreski, os torneios recomeçaram. 
                    Na década de 2000, Antônio Paulo do Nascimento, presidente do Clube de 1997 a 2012, decidiu fazer promoções e eventos para angariar mais fundos para a manutenção do local, como bingos.
                  Porém o evento de maior sucesso foi o Baile do Hawaí. Paulo, o idealizador do projeto, inspirou-se no primeiro baile do Hawaí do Município que ocorreu em 7 de julho de 1977, promovido pela APMI e animada pela Banda Jair Supercap Show, de nível nacional. Para Paulo, esta banda, que tocava em bailes no Guarujá-SP, era um fenômeno, pois trouxe os metais e gelo seco pela primeira vez à cidade. O evento marcou a história de Itambé.

Baile do Hawaí promovido pela APMI, 1977
Fonte: Prefeitura Municipal de Itambé

                 Então quando assumiu o clube, Paulão, como é mais conhecido, decidiu fazer um luau havaiano.  No primeiro, em 2001, apenas a população itambeense participou, cerca de 430 pessoas. Os equipamentos da banda Sapato Velho, de Maringá, foram trazidos em cima da caminhonete do Senhor Elias Chicralla.
              Em 2005, com o aprendizado de alguns anos, o baile atraiu tanta gente, que foi preciso fechar as portas do clube porque não cabia mais ninguém, devido à falta de estrutura do local. Cerca de 900 entraram e 300 foram embora. Então para a festa de 2006, a estrutura do clube foi adaptada para receber mais pessoas. Hoje, o baile do Havaí é um dos maiores eventos sociais da região, atraindo cada vez mais pessoas de Itambé e cidades vizinhas, cerca de 1600 pessoas comparecem à balada, a capacidade máxima do clube. Um mês antes do evento, todas as mesas já estão vendidas. Paulo diz que não faz propaganda para fora da cidade, apenas o convite dos moradores de Itambé a parentes e amigos, além da Internet trazem centenas de pessoas ao clube. Ele acredita que, se houvesse estrutura maior, o baile atrairia mais de 3000 pessoas. Já animaram o evento a dupla Hugo Pena e Gabriel, Jean e Júlio, Álvaro e Daniel, Banda Herança, entre outros. Paulo dispensou Luan Santana no início de sua carreira, porque, numa enquete no Orkut, o povo escolheu Jean e Júlio.
              O Baile do Havaí também movimenta a economia local, pois é a terceira data em que o comércio mais vende. Além de aumentar a clientela de salões de beleza. Atualmente, o evento acontece no início do mês de outubro.

Baile do Hawaí, 2014
Foto: Denizia Moresqui

                                     NOVOS RUMOS DO ESPORTE
              O crescimento da população urbana também proporcionou a prática de outras modalidades esportivas. Para atender a esta demanda, no mandato de Rafael Lopes, foi feita uma quadra de esportes, onde os atletas poderiam jogar futebol de salão, vôlei, handebol e basquete. Além desta, a cidade também pôde contar com a quadra da Esc. Est. “Prof. Giampero Monacci”, construída no mesmo período. 

Equipe de futsal na quadra poliesportiva
Fonte: José Carlos Nardi

         No local da quadra municipal, durante a gestão de Antônio Rodrigues Machado e Mário Forastieri, foi construído o Ginásio de Esportes Machadinho, obra que impulsionou a prática esportiva, principalmente o futsal. Várias equipes se formaram no Município para treinar e disputar o Campeonato Municipal de Futsal. O evento, que durava vários meses, lotava as arquibancadas do ginásio, o público formava torcidas organizadas e, a cada gol, o barulho da alegria enchia de ecos o espaço. 

Abertura do Campeonato Municipal de Futsal, década de 80
Fonte: Prefeitura Municipal de Itambé

           Além dos jogos de futsal, handebol, basquete e vôlei, o local também servia para as gincanas promovidas pelas instituições de ensino estaduais: E. E. P. “Giampero Monacci” e C. E. “Olavo Bilac”. Nestes eventos, duas equipes eram formadas, entre as duas escolas ou entre turmas da mesma escola, e precisavam cumprir tarefas que eram avaliadas pelos jurados. As disputas eram acirradas, todos lutavam pela vitória. Anteriormente, as apresentações eram realizadas no clube, mas o local ficou pequeno para o grande público, então foram transferidas para o ginásio, mesmo assim, não sobrava espaço nas arquibancadas. As tarefas giravam em torno de temas culturais, como imitar cantores, fazer cenas de novelas ou programas humorísticos, desfiles de miss e mister, danças, etc. O objetivo desta atividade era angariar fundos para as escolas com a arrecadação de prendas, estimular a criatividade dos alunos e o trabalho em equipe.

Gincana no Ginásio de Esporte Machadinho
Fonte: Aline Bróio Rodrigues Vitorino

              De acordo com Luci da Silva, instrutora de Educação Física da Prefeitura Municipal de Itambé, o esporte é hoje subsidiado pelo Município, que além de comprar equipamentos e cuidar da manutenção dos centros esportivos, ainda mantém os profissionais desta área, para incentivar crianças e adolescentes até dezessete anos a praticarem algum tipo de esporte. Itambé tem participado dos Jogos da Juventude, dos Jogos Escolares, Jogos Abertos; algo que cidades pequenas geralmente não fazem. E assim alguns talentos já foram descobertos. Além disso, há atletas que já estão ingressando profissionalmente na carreira. As modalidades esportivas contempladas pelos professores são: handebol masculino e feminino, futebol de salão masculino e feminino e futebol de campo, além de ginástica para idosos e pessoas com hipertensão. Eventualmente são promovidos campeonatos de futsal e futebol de campo para adultos. O que, segundo Luci, tem um alto custo para o Município, já que a contratação de árbitros é cara. O ideal é que houvesse uma associação que financiasse o esporte para adultos como a AMEI, Associação Municipal de Esportes de Itambé.

Abertura do Campeonato Municipal de Futsal, década de 90
Fonte: Prefeitura Municipal de Itambé

              A AMEI foi criada no início da década de 90 com o objetivo de estimular e financiar o esporte amador. Os associados promoviam campeonatos de futsal e os Jogos Abertos Municipal de Itambé, em parceria com Paraná Esporte e Prefeitura Municipal. A associação era formada por voluntários que se revezavam para trabalhar nos eventos. O objetivo do grupo era estimular o esporte como forma de proporcionar mais saúde, qualidade de vida, entretenimento à população e ocupar os jovens com boas atividades.

Abertura dos Jogos Abertos Municipal de Itambé, 1999
Fonte: Prefeitura Municipal de Itambé

          Os Jogos Abertos Municipal envolviam toda a cidade, que era dividida em setores por quatro cores: verde, amarela, azul e branca. As modalidades esportivas alcançavam pessoas de todas as idades, eram: malha, tiro ao alvo, futebol de campo sênior, adulto e juvenil, handebol, basquete, voleibol, bola queimada, corrida de 100 e 200 metros, bocha e sinuca. A participação popular era grande, tanto na prática dos jogos como nas arquibancadas, e havia mais procura pelos treinamentos. Os Jogos foram realizados entre os anos de 2001 e 2004, gestão Mário Forastieri e Vítor Aparecido Fedrigo. De acordo com Luci da Silva, hoje o esporte tem perdido campo para a Internet. Muitos jovens preferem os jogos virtuais às quadras e campos. Isto é um fenômeno mundial. Atualmente, o objetivo dos professores é dar sonhos às crianças e aos adolescentes e incentivá-los a estudar.
          O dinheiro para financiar os campeonatos de futsal e outros eventos esportivos vinha da venda de ingressos para as partidas e de festas no Clube Municipal, animadas pelo som eletrônico Mackson. As brincadeiras dançantes, como eram chamadas as “baladas” daquela época, começaram a ser realizadas no Clube Municipal por volta de 1984, pelo o Som Eletrônico Mirage. Como só havia um som para atender Itambé e Floresta, a festa acontecia em Floresta no sábado e aqui no domingo. Depois, o Mirage foi substituído pelo Mackson, de José Marcos Camilo. Neste período, iniciou-se o financiamento do esporte através das brincadeiras dançantes. Por não haver nenhuma balada domingo à noite na região, além de Itambé, o clube recebia jovens de várias cidades, como: Floresta, Bom Sucesso, São Pedro do Ivaí, Jandaia do Sul, Maringá, São João do Ivaí, entre outras. Os bailinhos começavam às vinte e uma horas e terminavam à meia noite. Difícil era acordar cedo na segunda-feira para trabalhar ou estudar. Mas, na semana seguinte, todos estavam de volta ao clube. Muitos namoros, estimulados pela música lenta, terminaram em casamento. As festas duraram até o início da década de 2000.

Brincadeira dançante no Clube Municipal
Fonte: Thiago Bueno Camilo

              O Complexo Esportivo Ver. Pedro Rampelotti, construído na gestão de Mário Forastieri e Paulo T. Honda, também deu novo impulso à prática esportiva. No local era possível praticar futebol suíço, vôlei e futebol de areia. Além disso, havia um bar, vestiários para os atletas e arquibancadas. Na segunda gestão de Antônio Carlos Zampar e Benedito dos Santos, foi construída uma quadra escolar no lugar do campo.

Complexo Esportivo Ver. Pedro Rampelotti
Fonte: Família Forastieri
         
                                                  TALENTOS DE ITAMBÉ

              Itambé abrigou a infância de um ilustre jogador de futebol, que atuou na Seleção Brasileira em 2008, 2009 e 2010, foi campeão da Copa Libertadores da América e Mundial de Clubes pelo Internacional, em 2006, e pelo Corinthians, em 2012: Alex Rafhael Meschini. Ele nasceu em Cornélio Procópio em 25 de março de 1982. Mas sua família mudou-se para Itambé quando o menino completou um ano de vida, aqui ele viveu por seis anos. Depois Alex foi com os pais para Santa Amélia, onde começou a jogar futebol em campeonatos escolares.

       Alex com seus amigos Renato e Clodoaldo
na   Pré Escola Branca de Neve
      Fonte: Clodoaldo Penha Antoniassi 
          Alex de volta ao CMEI Branca de Neve
          com seu amigo Clodoaldo

         Fonte: Clodoaldo Penha Antoniassi






       Alex jogando pela Seleção Brasileira
   Fonte: http://www.vamovamointer.com/celeiro-de-ases/o-super-alex/
       ( site pesquisado em 2012)


          Vários meninos itambeenses também buscam o sonho de tornarem-se grandes jogadores de futebol. Como o jovem Yan Soares, jogador sub-20 do Corínthians. Ele foi Campeão Paulista e Brasileiro Sub-20, em 2014, e campeão da Taça São Paulo de Futebol Junior pelo Corinthians, em 2015.  

Yan Soares com o troféu
Fonte: Facebook de Yan Soares
             Outro itambeense que brilha nos campos paulistas é Gabriel Veiga. Ele treinou com o professor Ricardo Santana na quadra do Ginásio Machadinho, dos 9 aos 12 anos. Participou de uma peneira em Marialva para a equipe do Corinthians. Passou e ficou dois anos no clube, com o qual venceu a Copa Bandeirantes e a Copa de Ouro. Em 2015, foi para o Palmeiras, com a equipe, jogou a Copa Brasil e foi disputar o campeonato mundial no Japão, ficando em segundo lugar. Parcipou ainda da Salvador Cup e Copa Nike, uma espécie de Libertadores das categorias de base, ficando entre as três melhores equipes. Ainda em 2016, Gabriel foi campeão paulista Sub-15.

Gabriel Veiga com a taça de campeão paulista Sub-15, 2016
Fonte: Gabriel Veiga
               No futsal, Vitor Hugo da Silva é uma grande revelação itambeense. Ele começou a treinar aos 12 anos, com o Professor Milton, no Ginásio de Esportes Machadinho. Representou Itambé nos Jogos da Juventude e no Piá Bom de Bola. Em 2002, entrou para a equipe AMAFUSA, de Maringá, com a qual foi campeão paranaense sub-17, duas vezes campeão paranaense sub-20 e campeão dos Jogos da Juventude. Em 2007, foi artilheiro da Taça Brasil Sub-20, em Belém do Pará. Lá, recebeu o convite para atuar no futsal gaúcho. Então em 2008, foi para a cidade de Farroupilha/RS, atuar na equipe USC Cortiana, conquistando o campeonato juvenil do estado.
            Em 2009, sofreu fraturas e, após cirurgias voltou ao Paraná para atuar na equipe de Umurama. Mas retornou ao futsal gaúcho no ano seguinte. Suas maiores conquistas vieram com o Jaraguá Futsal, de Jaraguá do Sul/SC. Entrou para a equipe em 2014, conquistando o terceiro lugar na Liga Nacional de Futsal. No ano seguinte, foi campeão catarinense e conquistou a Taça Brasil. Em 2016, atuou na equipe Tulpar, do Cazaquistão. Pela Copa Eremenko, foi eleito o melhor fixo. Atualmente, Vítor está defendendo o Joaçaba, equipe catarinense, e disputando o campeonato estadual de 2017.

Vítor recebendo o troféu de melhor fixo
da Copa Eremenko, do Cazaquistão
Fonte: Vitor Hugo da Silva  

             Um grande destaque para o esporte do Município foi a vitória na Copa Regional Amadora da Liga Desportiva de Maringá 2014. Jogando em casa contra o E. C. Paiçandu, a equipe de Itambé venceu por 2X1 e deu o título inédito ao Município.

Fonte: Facebook da Liga Maringá

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

HISTÓRIA DE ITAMBÉ - PARTE 22


                                                   SAÚDE
              O saneamento básico foi outra preocupação que tomou conta do Poderes Executivo e Legislativo. As fossas rudimentares contribuíam para a proliferação de insetos e roedores, que espalhavam doenças, tendo como maiores vítimas as crianças. Na gestão do Prefeito Antônio R. Machado, começou a serem construídas as redes de esgoto e uma lagoa de tratamento, que são administradas pela SANEPAR. As redes de água e esgoto foram ampliadas nas gestões dos prefeitos Paulo T. Honda e Mário Forastieri. Mas ainda há várias ruas por onde a rede não foi instalada e a utilização de fossas é a única opção. O lixo deixou de ser depositado na Estrada Keller, pois, além de ser próximo à cidade, a capacidade do terreno esgotou-se.
          O novo estilo de vida, com o aumento do consumo de produtos industrializados, o uso de embalagens plásticas e a cultura do descartável, fez com que toneladas a mais de lixo fossem produzidas. Então um novo depósito foi feito na entre Itambé e Akidaban, no local, ainda não há separação de lixo orgânico e reciclável. Mas há projetos em andamento que pretendem mudar este quadro.
         O atendimento de saúde foi ampliado. O antigo posto de saúde foi substituído pelo Centro de Saúde Dr. Lafayette Grenier, em 1998, na gestão de Mário Forastieri, passando por reformas nas gestões de João Cabrera e Antônio Carlos Zampar.

Centro de Saúde Dr. Lafayette Grenier
Foto: Denizia Moresqui

         Em Itambé, havia um hospital particular construído pelo Dr. Lafayette Grenier, vendido, posteriormente, para o Dr. José Gerdes Soares. Porém este prédio já não atendia mais às necessidades da população. Na gestão do Prefeito Paulo T. Honda e Antônio Possobon, com recursos municipais, estaduais e federais começou a ser erguido o prédio do hospital público. Depois de pronto, ainda faltavam equipamentos para o seu funcionamento. O ex-prefeito Mário Forastieri conta como conseguiu equipar o hospital:

          “O Osmar Dias me deu todo o equipamento do hospital, junto com o José Serra, Ministro da Saúde. Ele (José Serra) marcou uma audiência comigo e com o Osmar Dias e eu levei um álbum do hospital com nada dentro do hospital. O hospital estava pronto, mas não tinha nada dentro. Então falei ao Ministro: o Osmar me ajudou e o Governo do Estado também, mas Itambé jamais tem condições de equipar um hospital, e pra equipar mal equipado, eu não equipo. Então o José Serra doou todos os equipamentos para o hospital.”

         Sua inauguração aconteceu em 30 de junho de 2000, com 25 leitos, sob o nome de Hospital Municipal Nossa Senhora das Graças, ainda no mandato de Mário Forastieri e Paulo Messias da Silva Paixão. 

Construção do Hospital Municipal
Fonte: Prefeitura Municipal de Itambé

        Quando os moradores de Itambé precisavam de atendimento fisioterápico, era necessário se locomover até Maringá para receber o tratamento, viagem desgastante para quem já estava com dores. Mas durante a gestão de João Cabrera e Vítor Aparecido Fedrigo, agosto de 2007, foi inaugurada a sala de fisioterapia no prédio do Hospital Municipal, com apoio do Deputado Federal Ricardo Barros. O local dispõe de diversos equipamentos e profissional habilitado.

Inauguração da Sala de Fisioterapia, 2007
Foto: Hirata Produções

        Na primeira gestão de Antônio Carlos Zampar e Benedito dos Santos, o prédio passou por reformas. Além disso, foram adquiridos um carro, mais uma ambulância e outra foi reformada. Houve aumento de um terço no número de exames, compra de equipamentos, como: cadeira odontológica, maca retrátil e desfibrilador; atendimento e cirurgia com otorrinolaringologista e oftalmologista. Dessa forma, foi possível melhorar o atendimento aos itambeenses e as condições de trabalho dos profissionais de saúde.   
        O Departamento Municipal de Saúde conta ainda com atendimento psicológico e fonoaudiológico.
                                     
                                       PRÊMIO PARANÁ SORRIDENTE                                                                                
             Itambé foi destaque estadual e nacional na área da saúde bucal. O Conselho Regional de Odontologia do Paraná, juntamente com o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde, concedeu à equipe do Dr. Clodoaldo Penha Antoniassi, odontólogo do Departamento Municipal de Saúde de Itambé, o prêmio Paraná Sorridente. O Município ficou em primeiro lugar entre as cidades com menos de vinte mil habitantes, em dois anos consecutivos, 2011 e 2012. Representando o Paraná entre as cidades de até cinquenta mil habitantes, Itambé ficou com o quinto lugar no Prêmio Brasil Sorridente, em 2011. Para a premiação, são avaliadas as ações de promoção da saúde, como: fluoretação das águas de abastecimento público e heterocontrole, bochecho com flúor, escovação dental supervisionada e atividades de educação em saúde para a população.
           De acordo com informações publicadas no site da Prefeitura Municipal de Itambé, pesquisado em 2013, o coordenador da saúde bucal, Dr. Clodoaldo, declarou que esta conquista é o resultado dos investimentos públicos da atual gestão neste setor e do trabalho de toda a equipe de saúde que tem se empenhado para prestar um excelente serviço à população. Clodoaldo ainda salientou no referido site: “esse prêmio muito nos orgulha e mostra que estamos no caminho certo, fazendo um grande trabalho de prevenção com a população.”
           O Prefeito Antônio Carlos Zampar, em entrevista a esta publicação, reiterou as palavras de Clodoaldo e acrescentou: “Podemos ter os melhores profissionais do mundo aqui, mas sem apoio e sem condições de trabalho, não haverá sucesso.”

Clodoaldo P. Antoniassi e o Prefeito Antônio Carlos Zampar
na premiação do Brasil Sorridente no Rio de Janeiro, 2011.
Fonte: Clodoaldo Penha Antoniassi

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

HISTÓRIA DE ITAMBÉ - PARTE 21

                              NOVAS ESCOLAS

                                                       CRECHE
           Uma necessidade gerada pelo êxodo rural foi de um local para as mães deixarem seus filhos enquanto trabalhavam fora de casa. Antes as crianças eram levadas para a lavoura e ficavam junto às suas progenitoras. Mas, como o trabalho ficara longe das residências, isto ficou inviável.
          O caso que, segundo o ex-vereador Jovânio Pereira dos Santos, impulsionou a criação da creche foi de uma mulher, com três filhos, abandonada pelo marido. Ela não poderia trabalhar por não ter com quem deixar as crianças e a família passava fome. Num surto de desespero, a mãe procurou a loja de produtos agrícolas do Sr. Jovânio, pegou um litro de veneno e disse para o lojista que iria dar o produto aos filhos e depois se mataria, por não aguentar mais aquela situação. Após muita conversa, o Sr. Jovânio conseguiu tomar o veneno da mulher. Depois os dois foram conversar com o Prefeito Rafael Lopes, que imediatamente a levou para Mandaguari e Marialva à procura de abrigo para as crianças. Como não encontrou, foi falar com o juiz de direito que o aconselhou a construir uma creche para estas crianças e outras que também necessitassem de abrigo. Em Itambé, o Prefeito marcou uma reunião convocando diversas senhoras, entre elas: Dona Shirlei dos Reis Louzada, Denir Cesco Cardin, Vera Eloísa de Melo Assis, Terezinha Pedrângelo Machado, Paschoalina Furlan e a primeira dama, Líbera Bassi Lopes. Vera Eloísa se lembra de que estava passando o Páscoa em Curitiba quando recebeu a ligação do Prefeito dizendo que queria construir uma creche e pediu a ela que tomasse a frente no projeto. Então Vera convocou também as esposas dos Vereadores, pois seu marido, Renê Correia de Assis, era Presidente da Câmara. Dentre elas, Vera destaca a atuação de Joana Denarde e Shirlei Reis Louzada. Essas senhoras lançaram uma campanha para angariar fundos em prol da construção, fizeram baile, feijoada, pizza, pediram dinheiro a quem pudesse ajudar, pegaram os toca fitas dos carros dos maridos para fazer rifa.
           Nesta época, houve um encontro em Brasília de senhoras que atuavam na LBA, Legião Brasileira de Assistência, da qual participariam também as responsáveis pelo Provopar, Programa do Voluntariado Paranaense. Era ano eleitoral, no Distrito Federal também estava Mário Andreazza, pré-candidato à Presidência da República. Vera Eloísa e Shirley foram à reunião na esperança de conseguir recursos para a creche. Além de Andreazza e outros políticos, elas conseguiram uma doação muito grande de Oscar Alves, Secretário de Saúde do Estado do Paraná e candidato a deputado federal. Segundo Vera, só com esta doação foi possível construir quase toda a creche. Como agradecimento a Oscar Alves, ficou decidido que o nome da instituição seria de sua esposa “Sílvia Maria Braga Alves”. Dona Líbera Lopes e Dona Denir Cardin, através da APMI, Associção de Proteção à Maternidade e à Infância, doaram as telhas.

Inauguração do primeiro prédio da creche
Fonte: Vera Eloísa de Melo Assis

             Então, com recursos angariados pelas senhoras, do Município e do Estado, surgiu o primeiro prédio da creche, com capacidade para aproximadamente 40 crianças. Vera contou ainda que, no subsolo abaixo da obra, foi feita uma caixa de concreto e enterrado um cano de ferro com um memorial contendo a escritura do prédio, os nomes dos doadores e valores das doações.

Inauguração da Creche com a presença de Sílvia Maria
Braga Alves e Oscar Alves, Vera Eloísa de Melo Assis faz o discurso
Fonte: Vera Eloísa de Melo Assis

            As professoras eram alunas do final de curso da Escola Normal, como Márcia Constantino, Fátima de Melo Ramos, Neuza Denarde, e as enfermeiras Francisca de Brito, Maria José de Morais, Firmina, entre outras. A presidente da instituição era Dona Shirley Reis Louzada, que transferiu para lá seu padrão de professora municipal, e Vera trabalhava como voluntária. Além de trabalharem o dia todo no cuidado com as crianças, as funcionárias e voluntárias ainda precisavam angariar fundos para a manutenção da creche, inclusive salários, com a promoção de eventos.

Rafael Lopes com voluntárias e funcionárias da Creche, dia de festa junina
Fonte: Vera Eloísa de Melo Assis

            Mais tarde, a creche foi inscrita na LBA e a Legião começou a mandar mantimentos e verbas para a alimentação das crianças, o que foi uma grande conquista. Vera trabalhou como voluntária e Shirley como Presidente da instituição até o final do mandato de Rafael Lopes. 

Shirley Reis Louzada e Vera Eloísa de Melo Assis
Em evento na Creche
Fonte: Vera Eloísa de Melo Assis

            Na gestão seguinte, de Antônio R. Machado, a Primeira Dama, Maria Terezinha Pedrângelo Machado, assumiu a Presidência da Creche, na qual atuou por seis anos. Como o número de mães que trabalhavam fora aumentou, houve a necessidade de mais espaço para atender  mais crianças. Então, ainda nesta gestão, um prédio maior foi construído com recursos do Município e do Estado, tendo capacidade para atender a 150 crianças.
           No primeiro mandato de Mário Forastieri, foi feita a ampliação da parte sanitária infantil e a construção de um solar. Na gestão de João Cabrera foi construído um prédio com três salas de aula para atender o Centro de Educação Infantil. E, na primeira gestão de Antônio Carlos Zampar, outras reformas foram feitas. Até 2016, a diretora da instituição, denominada Centro de Educação Infantil “Sílvia Maria Braga Alves, era a Professora Maria de Maria de Fátima Furlan Moares.
           A Senhora Natalina Cavallari Forastieri, que trabalhou na creche por mais de vinte anos, disse sobre este trabalho:
     “Era uma alegria para mim. Foi numa época muito difícil e as crianças me ajudaram muito.”

Construção do segundo prédio da Creche
Fonte: Prefeitura Municipal de Itambé


                                                               PROJETO PIÁ
                    A creche prestava assistência a crianças até os seis anos de idade. A partir dos sete anos, elas voltavam a ficar sozinhas em casa. Então na gestão do Prefeito Paulo Tadashi Honda e Antônio Possobon, por intermédio do Deputado Estadual Durval Amaral, foi construído em Itambé o Clube do Irmão Caçula, que depois foi denominado Projeto Piá “Prof. Maria Aparecida Mollo Jorge”. As crianças, de 7 a 10 anos, aproximadamente, frequentavam o Projeto em contra turno, faziam suas tarefas escolares, brincavam e participavam de atividades complementares, além de receber alimentação. Dessa forma, os pais podiam trabalhar despreocupados, sabendo que seus filhos estão protegidos.

Deputado Durval Amaral e Prefeito Paulo Honda
visitando as obras do Projeto Piá.
Fonte: Prefeitura Municipal de Itambé

                  O Projeto contava com seis professoras que atendiam cerca de 120 alunos em dois períodos: manhã e tarde. As professoras eram: Marlene Barbosa, Sônia Maria Cumani Monteiro Chicralla, Elenice dos Santos, Denizia Moresqui, Rosa Decíbio e Eni Castaldelli. Além de professor de Educação Física para recreação, três zeladoras: Dirma Antonini Trombini, Isaura Lemos e Nilcéia Maria Pereira de Jesus; duas secretárias: Fátima Berse Michelin e Maria Aparecida Mollo Jorge Rizzo, e um diretor: Gervásio Cardoso dos Santos, também Diretor do Departamento de Educação, que funcionava no prédio do Projeto Piá.
                  A manutenção da instituição ficava a cargo da Prefeitura, mesmo assim, professores e funcionários faziam promoções para arrecadar fundos, que eram usados para a compra de equipamentos para a cozinha, materiais didáticos, entre outros. 
                 Atualmente, o Projeto funciona como extensão da Escola Municipal “Prof. Domingos L. Vitorino”- Ens. Fundamental e oferece aulas de reforço escolar, capoeira, musicalização e informática.

Alunos, professores e funcionários do
Projeto Piá “Prof. Maria Aparecida Mollo Jorge”, 1995
Fonte: Prefeitura Municipal de Itambé
                
                                                      APAE

                Ida Bresler Mantovani, ex-presidente da Apae, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Itambé, conta que o sonho de criar essa instituição no Município nasceu no coração do Farmacêutico Mauro Nakamura. Por quinze anos, ele lutou para fundar uma escola especial, até que, em 2003, convidou um grupo de responsáveis pela Apae de Maringá para virem explicar à população quais os caminhos para montar a associação em Itambé. Após os esclarecimentos feitos pelos convidados de Maringá, houve a eleição do Primeiro Conselho Diretor da Apae de Itambé.  Mauro Nakamura ficou com o cargo de presidente.

1º Conselho Diretor da APAE
Fonte: APAE de Itambé

          As primeiras providências tomadas foram estudar onde seria a sede da escola especial e com esta seria mantida, já que o reconhecimento desta só se daria após dois anos de funcionamento. A Prefeitura Municipal, na gestão de Mário Forastieri e Vítor Aparecido Fedrigo, disponibilizou um prédio para a escola, onde antes funcionava a Escola Mário Forastieri de Ensino Supletivo, incluindo o pagamento das contas de água e luz; duas professoras da rede municipal: Maria Aparecida Santana Silveira e Valderei Beltran Mendes; uma servente, Ivone Barroso Coelho da Costa, e uma psicóloga, Roselânia Franciscone Borges.
         Então, no ano de 2004, formou-se uma nova diretoria, já que a primeira era provisória, com membros de todos os ramos da sociedade. A Senhora Ida B. Mantovani assumiu a presidência. No dia 1º de abril, foi fundada a Apae de Itambé. Finalmente em 7 de maio de 2004, o sonho de Mauro Nakamura foi realizado e a escola para alunos com necessidades especiais foi inaugurada com o nome de Escola Especial Mauro Nakamura. Uma homenagem ao idealizador deste projeto. O evento contou com a presença do então Senador Flávio Arns, do Prefeito Mário Forastieri, do Vice Vítor A. Fedrigo, da Câmara de Vereadores, dos Diretores da Apae e da população. 

Inauguração da Escola de Educação Especial Mauro Nakamura
Fonte: Apae

              A Escola atendeu inicialmente a sete alunos. Mas ainda precisava de uma diretora. A Professora Sônia Machado foi convidada para o cargo, seu salário era mantido pelos membros da Apae, que pagavam mensalidades. Estas também foram usadas para a compra de materiais de limpeza e alimentos. Os móveis foram pegos na garagem da Prefeitura, além de várias doações.                                 
              A partir de 2005, na gestão do Prefeito João Cabrera e Vice Vítor Aparecido Fedrigo, a Prefeitura passou a contribuir mensalmente com a Escola. Mas as dificuldades ainda persistiam, pois os alunos necessitavam de atendimento fonoaudiológico e fisioterapeutico. Inicialmente duas profissionais aceitaram trabalhar voluntariamente, recebendo apenas o dinheiro do combustível para sua locomoção. Mais tarde, foi possível pagar a elas remuneração e contratar mais professoras, já que o número de alunos aumentou. As docentes visitavam as famílias e convenciam os pais a matricular os filhos com necessidades especiais na Escola. A maioria dos recursos vinha de promoções feitas pelos membros da Apae. Em 2008, foi assinado o Convênio de Cooperação Técnico e Financeiro com o Governo do Estado, suprindo a necessidade da escola no pagamento de funcionários e também no custeio de materiais de consumo. 
          De acordo com a Professora Leila de Souza Peres, diretora da escola até 2013, as Apaes mantenedoras das Escolas Especiais, necessitavam de uma segurança na continuação dos atendimentos para os alunos com necessidades especiais, sendo assim com o objetivo de garantir tratamento equivalente ao destinado às escolas comuns. No dia 31 de dezembro de 2011, ocorreu a cessação da Escola de Educação Especial Mauro Nakamura, autorizada a funcionar pela Resolução nº 3692/28/07/2006. E no dia 01 de janeiro de 2012 em atendimento ao Parecer nº 108/2010 – CEE, foi credenciado e autorizado o Funcionamento da Escola Mauro Nakamura – Educação Infantil e Ensino Fundamental, na Modalidade Educação Especial, com a oferta das etapas Educação Infantil, Ensino Fundamental – anos iniciais e Educação de Jovens e Adultos – Fase I/Educação Profissional – Formação Inicial.
          Com essa mudança, a Apae continua sendo a mantenedora da Escola, a qual passou a ter vários benefícios, como Merenda Escolar, Programa Nacional de Alimentação Escolar, Programa Dinheiro Direto na Escola, entre outros. Como também manteve o Convênio de Cooperação Técnico e Financeira. Por isso, a Associação ainda promove eventos para arrecadar fundos para a instituição escolar.

Chá beneficente da APAE, promovido em 21-04-2012
Foto: Denizia Moresqui

           Atualmente a Escola de Educação Básica “Mauro Nakamura” – na Modalidade de Educação Especial é composta por um quadro de funcionários de cinco professores regentes, professor de Educação Física e Educação Artística, diretora, secretária, atendente, servente, merendeira. Além de fisioterapeuta, fonoaudiólogo e psicóloga, cedidos pela Prefeitura Municipal. O atual presidente do Conselho da Apae é o senhor Francisco Okano Nakamura e a diretora da Escola é a Professora Valéria Coneglian Vitorino. Os profissionais atendem a 23 alunos, proporcionado-lhes melhor aprendizado e qualidade de vida.

                                              ESCOLA MUNICIPAL
          As escolas rurais foram fechadas, já que a demanda de alunos diminuiu consideravelmente nestes locais, então, ao invés de levar os professores para o campo, a Prefeitura adquiriu ônibus e passou a trazer os alunos até a cidade. Estes estudavam as séries iniciais no Colégio Estadual “Olavo Bilac” Ens. De 1º e 2º Graus. A 18 de março de 1993, de acordo com a Resolução nº616/93 de 24/02/93 as turmas de 1ª a 4ª séries do Colégio tiveram as atividades escolares cessadas, sendo municipalizadas pela Resolução nº 617/93 de 24/02/93, passando a outra escola denominada Escola Municipal “Padre Aldo Lourenço Matias” – Ensino de 1º Grau., que funcionava no prédio do Col. Est. “Olavo Bilac”. A primeira diretora foi a Professora Maria de Fátima Jorge Bindewald. No mesmo dia, foi criada a Escola Municipal “Domingos Laudenir Vitorino”, que funcionava no prédio da Escola Estadual “Prof. Giampero Monacci”, e teve como primeira diretora a Professora Elione Pereira Antoniassi.

Escola Municipal “Pe. Aldo Lourenço Matias”, instalada no
prédio do Col. Est. “Olavo Bilac”
Fonte: Esc. Municipal “Domingos L. Vitorino”

          Nesta mesma ocasião foi instituído o primeiro Diretor do Departamento de Educação, o Prof. Gervásio Cardoso dos Santos, que na época também era diretor da Esc. Est. “Prof. Giampero Monacci”.
      O número de alunos em ambos os prédios dificultava o trabalho pedagógico. Por muitos anos, o Município de Itambé almejou e lutou por um espaço exclusivo para a escola municipal de ensino fundamental. Mesmo com todas as dificuldades, o IDEB, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, avançou de 4,3, em 2005 para 5,7, em 2011. Resultado que convenceu o Governador do Estado Roberto Requião a conceder o novo prédio da escola, além disso, o empenho do Prefeito Antônio Carlos Zampar, de Benedito dos Santos, do Secretário de Estado do Planejamento e Coordenação Geral, Enio Verri, e o apoio da Câmara dos Vereadores impulsionaram a conquista. Então foi construído um prédio com recursos estaduais e municipais, com capacidade para 800 alunos. O nome da escola foi escolhido por um plebiscito onde concorriam os nomes das duas escolas municipais, sendo eleito o nome do Prof. Domingos Laudenir Vitorino. A 4 de fevereiro de 2012 a nova escola foi inaugurada, com a presença de várias autoridades, da população e da família do Prof. Domingos. A primeira diretora neste novo prédio foi a Professora Selma Pelisson dos Santos.

Esc. Municipal “Prof. Domingos Laudenir Vitorino”
Fonte: Denizia Moresqui

         A então Diretora do Departamento Municipal de Educação e Cultura de Itambé, Maria Eliza Spineli, ressaltou a importância da obra:

          “Em Itambé, as escolas da rede municipal de ensino sempre funcionaram em dualidade com as escolas da rede estadual, pois não possuíamos um prédio próprio para o atendimento dos alunos. Sempre houve um anseio por parte da comunidade em geral para a obtenção de uma escola para os alunos do 1º ao 5º ano. Este desejo foi atendido pelo Governo Estadual com a construção de uma escola ampla, confortável e moderna que comporta todos os alunos da rede municipal de ensino, nesta faixa etária. Esta escola foi uma conquista que proporcionou não só aos alunos, mais aos professores e funcionários conforto, segurança, melhores condições de trabalho e aprendizado. Todos ganharam com esta aquisição.”

        Além do novo prédio da escola, a cidade já havia ganhado, em 2009, uma nova sede para o Departamento Municipal de Educação. A construção do mesmo foi iniciada na gestão de João Cabrera e concluída por Antônio Carlos Zampar. O prédio possui sala da diretora do Departamento, cozinha, banheiro e almoxarifado.
         Chefiado até 2016 por Maria Eliza Spineli, já estiveram à frente do Departamento Municipal de Educação os professores: Gervásio Cardoso dos Santos, Guilherme de Almeida Grenier e Ivete Bianchessi Pereira.

Departamento Municipal de Educação
Foto: Denizia Moresqui


                              PÓLO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

        Até o ano de 2008, a educação em Itambé só oferecia formação até o Ensino Médio. Todas as pessoas que desejavam cursar o Ensino Superior precisavam ir a outras cidades como Maringá, Mandaguari, Jandaia do Sul e até para o Estado de São Paulo. A Prefeitura fazia o transporte para as cidades da região com ônibus. Dois motoristas que mais fizeram este trabalho foram Paulo Pereira da Silva e Geraldo Francisco da Costa.

Um dos ônibus usados para o transporte de alunos
Fonte: Família Forastieri

          No entanto, em 2008, na gestão do Prefeito João Cabrera e Vice-Prefeito Vitor Aparecido Fedrigo, uma nova opção surgiu para os estudantes. Segundo a Professora Ivete Bianchessi Pereira, o Polo de Apoio Presencial da UAB (Universidade Aberta do Brasil) de Itambé foi criado a partir da participação de um edital do MEC, Ministério da Educação, com a elaboração de um projeto no qual o Município foi selecionado. Sendo assim, o Polo foi autorizado no ano de 2008 e suas atividades iniciaram em 2009, após a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica entre o MEC e o Município de Itambé, sob a gestão de Antônio Carlos Zampar e Benedito dos Santos, que mantém a infraestrutura e atividades da instituição, está sob a coordenação da Pedagoga Ivete Bianchessi Pereira e localiza-se no prédio do Projeto Piá.
        Foi firmado convênio com a UEM – Universidade estadual de Maringá, UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa e UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste de Guarapuava, as quais ofertam cursos EAD, atendendo o Município e toda a região.
        O MEC enviou 36 computadores para montar o laboratório de informática, 1800 livros para a biblioteca acadêmica, além de diversos outros equipamentos.
        Para cada turma e curso, há um tutor presencial, selecionado pela IES (Instituição de Ensino Superior) que oferta o curso que é custeado pela CAPES-MEC (Centro de Aperfeiçoamento de Pessoal em Nível Superior do Ministério da Educação).
        Durante os mais de três anos de funcionamento, já passaram pelo Polo centenas de alunos, em diversos cursos, e com certeza muitas pessoas ainda serão beneficiadas, pois a qualidade da formação, aliada à gratuidade e à praticidade de poder fazer seu horário de estudo, atrai cada vez mais estudantes que buscam a modalidade do Ensino a Distância.
         Os cursos ofertados de graduação e pós-graduação atualmente são: Pedagogia, Administração Pública, Gestão Pública, Gestão Pública Municipal, Gestão em Saúde, Gestão Escolar, EJA (Educação de Jovens e Adultos), GDE (Gênero e Diversidade na Escola) e Geografia.
         Os estudantes que desejam estudar em outras instituições continuam indo às cidades da região com transporte feito por uma empresa privada.

Sede do Pólo de Apio Presencial UAB de Itambé-Pr
Foto: Denizia Moresqui

                Na área da educação, a cidade conta ainda com a Escola de Língua Inglesa Looking For, da Professora Andréia Ribeiro. O ensino de espanhol é oferecido pela Esc. Est. “Prof. Giampero Monacci” e pelo Colégio “Olavo Bilac” através do CELEM, Centro de Línguas Estrangeiras Modernas, mantido pelo Governo de Estado do Paraná.



O circo no Moreschi

 Bairro Moreschi (Fazenda Anjo da Guarda), local onde, possivelmente, o circo fora montado                                           ...